Falo da dor, da dor d’alma, só quem já vivenciou esta dor consegue
colocar-se no lugar do outro.
Do eu real, feridas abertas purulentas, pelo medo, pela culpa, pelas
dúvidas, pelo desconhecido, cada um no seu mundo oculto,
obscuro e dolorido.
pontas de facas, de fugas constantes, de não querer enxergar pelo
outro, de não querer falar pelo outro, de não querer sofrer
junto ao outro, de querer largar o barco, de não aceitar o que se é.
De negar-se a acordar e ter que enxergar tudo de novo, e voltar a
buscar, o que já era para ter sido encontrado.
Da espera que não termina, da angústia angustiante, da busca
constante de um tudo sonhado e nada realizado.
Do andar ao lado e nada representar,da freqüente censura dos
olhares curiosos a nos ferir.
Falo da cruel dureza do enfrentar, do ter que estar sempre inteiro,
disposto,paciente, mesmo quando se está aos pedaços,
desanimado e extremamente infeliz.
Falo da discriminação carnal, da dor d’alma.
Mãe Ruth.
(Escrito em Abril de 2000 ) .
Nunca conheci uma pessoa tão especial quanto a Ruth, ela soube escrever como ninguém as dificuldades que passou, e demonstrar para todos aquilo que eu ja conhecia, uma pessoa humana e sensivel. Parabens da sua admiradora Rosangela.
ResponderExcluirÈ com grande alegria que recebo meu primeiro comentário,obrigado Rô pela força, valeu.Deus te abençõe, beijos.
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