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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dor d’alma (rejeição)

                   
Falo da dor, da dor d’alma, só quem já vivenciou esta dor consegue

colocar-se no lugar do outro.


Do eu real, feridas abertas purulentas, pelo medo, pela culpa, pelas

dúvidas, pelo desconhecido, cada um no seu mundo oculto,

obscuro e dolorido.


Por tantos caminhos percorridos e por tão pouco ter encontrado.

De uma busca incessante para uma cura incurável, de murros em

pontas de facas, de fugas constantes, de não querer enxergar pelo

outro, de não querer falar pelo outro, de não  querer sofrer 

junto ao outro, de querer largar o barco, de não aceitar  o que se é.


De negar-se a acordar e ter que enxergar tudo de novo, e voltar a

buscar, o que já era para ter sido encontrado.


Da espera que não termina, da angústia angustiante, da busca

constante de um tudo sonhado e nada realizado.


Do andar ao lado e nada representar,da freqüente censura dos

olhares curiosos a nos ferir.


Falo da cruel dureza do enfrentar, do ter que estar sempre inteiro,


disposto,paciente, mesmo quando se está aos pedaços,


desanimado e extremamente infeliz.


Falo da discriminação carnal, da dor d’alma.  


Mãe Ruth. 

(Escrito em Abril de 2000 ) .

2 comentários:

  1. Nunca conheci uma pessoa tão especial quanto a Ruth, ela soube escrever como ninguém as dificuldades que passou, e demonstrar para todos aquilo que eu ja conhecia, uma pessoa humana e sensivel. Parabens da sua admiradora Rosangela.

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  2. È com grande alegria que recebo meu primeiro comentário,obrigado Rô pela força, valeu.Deus te abençõe, beijos.

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